Toxicologia [13,6]​
Nesta secção poderá encontrar informação sobre o mecanismo de toxicidade da Isoniazida.
A Isoniazida pode exercer toxicidade por duas vias: direta (hipersensibilidade – erupção cutânea, febre, hepatite) ou indireta (depleção de piridoxina – vitamina B6).

Esta última pode ocorrer por diversas vias:
​
- A isoniazida pode interagir diretamente com a piridoxina-5’-fosfatase e a nicotinamida adenina dinucleótido, levando à diminuição sÃntese do ácido γ-aminobutÃrico (GABA), que é o principal neurotransmissor inibitório do Sistema Nervoso Central.
- Outra via consiste na capacidade de os metabolitos hidrazona da isoniazida inibirem a enzima piridoxina fosfocinase, que é responsável por converter a piridoxina na sua forma ativa, o piridoxal-5-fosfato. Estes metabolitos podem também inibir diretamente a atividade da piridoxal-5-fosfato.
- ​A última via consiste na complexação entre a isoniazida e o piridoxal-5-fosfato, produzindo assim um complexo hidrazona inativo que é excretado via renal.
Uma vez que piridoxina está envolvida na sÃntese do GABA, a sua depleção leva também à diminuição de GABA, levando a um estado de excitação generalizada ao nÃvel do SNC o que causa desorientação, agitação e convulsões. ​​​​​​​​
​
O sistema citocromo P450 contribui para a toxicidade da isoniazida ao converter o seu metabolito acetilhidrazina em intermediários tóxicos que se ligam aos hepatócitos e induzem necrose.
Mecanismo de Toxicidade
Fig. 7: Mecanismo de diminuição da piridoxina
Fig. 8: Mecanismo de formação de metabolitos hepatotóxicos